quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Jornada..

A jornada das Ciências Sociais é um dos eventos mais tradicionais realizados na Unesp, campus de Marília, e contou ao longo de 24 anos com a presença de importantes intelectuais que deram significativa contribuição para o desenvolvimento das Ciências Sociais no Brasil. Os pensadores homenageados na Jornada de Ciências Socais foram Florestan Fernandes (1986), Caio Prado Júnior (1988), Antônio Cândido (1990), Octávio Ianni (1992), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1994), Leandro Konder (1998), Gilberto Freyre (2000), Nelson Werneck Sodré (2002), Roberto Cardoso de Oliveira (2004), Celso Furtado (2006) e Juarez Brandão Lopes (2008).

As Jornadas estruturam-se em uma conferência inaugural, proferida pelo homenageado, mesas-redondas, sessões de comunicações científicas e sessões de vídeos. Além dos debates e das discussões, as contribuições da Jornada foram materializadas em coletâneas, que se tornaram referência para a consulta sobre a história do pensamento social no país. Neste aspecto, a reflexão das jornadas procurou fazer uma revisão crítica das teorias, das pesquisas e do impacto que as obras destes autores tiveram tanto na academia quanto na definição de políticas públicas, bem como em outras esferas da vida social.

A XII jornada insere-se no esforço da Unesp, campus de Marília, de fortalecimento do campo da Antropologia. A idéia é demonstrar o evidente: o pensamento antropológico tem expressivo papel na fundamentação do campo das Ciências Sociais. Mais particularmente, a Antropologia no Brasil contribuiu significativamente na construção e formulação do campo cultural, no aprofundamento da discussão sobre cultura, políticas culturais pluralísticas, preservação do patrimônio cultural, relações inter-étnicas e documentação da própria prática do antropólogo. Enfim, é preciso ressaltar a importância da consolidação da Antropologia no ensino de graduação e de pós-graduação. O campo da Antropologia contribuiu também para a consciência da importância da diversidade como patrimônio do país.
O evento, portanto, gira em torno de um debate crítico com Manuela Carneiro da Cunha e com sua produção acadêmica, institucional e política. Para tanto, foram convidados professores, pesquisadores e profissionais que tiveram oportunidade, em momentos distintos, de entrar em contato com a homenageada e sua obra. Trata-se, portanto, de um espaço acadêmico de balanço da obra e de reconhecimento crítico das suas contribuições

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